As águas da Costa dos Magos se tornaram mais salgadas nas últimas semanas.
Após toda problemática por conta da nova OGL, diversas iniciativas foram feitas por diversas empresas, mas uma delas em específico parece mais uma vez estar se beneficiando pela péssima tomada de decisões da Wizards of the Coast.
Estamos falando da Paizo, editora de Pathfinder e Starfinder que iniciou suas atividades publicando o que foi chamado por muito tempo de D&D 3.75, uma alusão ao buraco que se formou quando a WotC resolveu lançar seu novo D&D 4ª edição abandonando toda a conexão e parceria com a comunidade em busca de uma hegemonia que falhou miseravelmente.
O resultado?
Em apenas 2 semanas a Paizo vendeu o volume de livros de Pathfinder 2 previsto para um total de 8 meses.
Isso resulta por volta de 32 vezes o volume previsto de vendas, o que talvez possa significar pouco se eles esperavam vender 10 livros por exemplo, mas pode significar uma grande guinada do mercado para o sistema que nasceu como concorrência ao D&D 4ª edição.
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Então talvez você seja uma dessas pessoas e tenha interesse também em conhecer os sistemas da Paizo, seja para experimentar ou mesmo por querer migrar para outro sistema longe do mantido pela Wizards of the Coast, ou talvez esteja considerando isso, então vamos a um resumo do que a Paizo está oferecendo de novidade no momento:
Pathfinder Treasure Vault
Em pré-venda, com lançamento previsto para 22 de fevereiro, imagine o tesouro de um poderoso dragão, cuidado e catalogado pelo seu assistente, um destemido Kobold.
Esse livro deve trazer 600 novos itens além de 50 novas armas, melhorias para a classe Alquimista.
Pathfinder Rage of Elements
Para ampliar como os elementos funcionam, esse livro traz uma nova classe além de regras em mais de 200 páginas para manipular os elementos, equipamentos dentro dessa temática para diversas classes, informações sobre os planos elementais, um bestiário com dezenas de criaturas e até mesmo magias.
Pathfinder Adventure Paths
Várias histórias e campanhas estão para chegar, incluindo Gatewalkers Adventure Path, uma aventura para personagens de nível entre 1 a 10 com temática paranormal, Stolen Fate Adventure Path, uma aventura para personagens entre o 11º e 20º nível em três partes explorando Absalom com cartas mágicas poderosas que se manifestam de formas misteriosas, previsto para Abril e por fim Sky King’s Tomb, onde os personagens exploram a maior cidade dos anões.
Starfinder
Mas se você está buscando não apenas um novo sistema, mas também sair dos cenários “medieval fantástico” para um cenário mais espacial, talvez Starfinder seja o seu destino e, adivinhem só, também está repleto de novidades:
Starfinder: Ports of Call
Esse livro expande o conteúdo de Starfinder com 10 portos espaciais além de assentamentos bem detalhados, novas regras para viagens especiais que buscam mais facilidade e velocidade, novas espécies para personagens incluindo Gigantes e Reptilianos, além de novas regras para o que se faz durante o tempo livre.
Starfinder: Drift hackers
A conclusão do adventure Path Drift Crisis, onde os jogadores chegarão à raiz do que causou a interrupção das viagens estelares, em uma aventura que mudará
O fim da Guerra?
Talvez o mais importante aqui, seja perceber que a Paizo está a todo vapor, produzindo conteúdo para seus fãs, trazendo novidades em um mercado que se tornou extremamente necessitado após a traição dos Magos da Costa, o que fez com que muitos jogadores que não davam chance para Pathfinder ainda, tenham pulado nessa empreitada.
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Vale lembrar que todos esses produtos já estavam anunciados muito antes dessa história vir a público e ter gerado a onda de repercussões pelo mundo inteiro através de diversas iniciativas e campanhas como o #OpenDnD ou mesmo o #DnDBegone, movimentos que certamente contribuíram para a pressão que fez com que a Wizards of the Coast voltasse atrás em seus planos de controle do mercado.
Muitos desses jogadores migraram para Pathfinder, com um interesse crescente que refletiu nesse recorde de vendas da Paizo.
Esses jogadores estão encontrando uma Editora que aderiu ao modelo de assinatura oferecendo materiais diretamente aos jogadores através de atualizações de PDFs, descontos em produtos de VTT entre outras opções.
A Paizo tem conquistado novos adeptos especialmente por sua estratégia de manter universos vivos com Starfinder e Pathfinder, onde um ano em nosso mundo também representa um ano nesses mundos, fazendo com que suas histórias continuem crescendo e se aprofundando.
Com o último anúncio da WotC sobre o licenciamento do SRD 5.1 através da Creative Commons, muito da vontade da comunidade foi saciado, com uma segurança de que produtos baseados nessa versão do Documento de Referência de Sistema estão seguros de uma forma ainda melhor do que estavam antes pela OGL.
Licença ORC, Porto Seguro?
Com a ORC a caminho, a Paizo conquista uma posição de destaque no meio do RPG internacional por estar movimentando seus recursos em busca de uma solução perpétua e irrevogável que possa ser realmente um porto seguro para os milhares de projetos e produtos que utilizam como base a OGL.
Embora a promessa feita seja de que a OGL 1.0a será intocada, o movimento traiçoeiro da WotC não deixa a comunidade festejar por completo essa vitória, pois sim, o SRD 5.1 agora é Creative Commons e por mais que a WotC queira voltar atrás, isso não é mais possível, mas apenas o SRD 5.1 não cobre toda gama de produtos, criadores e empresas que foram afetados pela quebra de confiança.
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Vale lembrar que a OGL existe há 23 anos e o SRD 5.1 tem menos de 10 anos, com muita coisa tendo sido criada utilizando o SRD 3.5 que ainda permanece em um local não-seguro, por mais que seja possível através do 5.1 alcançar certa segurança com adaptações.
Em meio a tanta desconfiança mesmo tendo sua parcela de erros (alguns até bem graves) a Paizo conseguiu se posicionar como uma possível alternativa segura para a comunidade, o crescimento que devemos ver de conteúdo para os seus sistemas deve demonstrar isso nos próximos meses.
Texto Escrito por: Arddhu
